segunda-feira, 10 de setembro de 2012

AS EXTRAORDINÁRIAS - Acompanhe a Programação.

Que o Stand-up comedy em Curitiba é um sucesso e apresenta uma série de oportunidades para quem quer viver dessa arte e tem talento suficiente para tal nós já sabemos, o que algumas pessoas ainda não sabem é que em Curitiba, fazendo sucesso com Stand-up tem muito mais gente do que aqueles que já apareceram em algum momento na Televisão.

Prova disso é o Sucesso que 'AS EXTRAORDINÁRIAS" tem feito, fazendo comédia da melhor qualidade, fazendpo apresentações lotadas em Teatros como o Regina Vogue por exemplo, e ampliando seu publico, apresentando seu espetáculo em lugares como o Curitiba Comedy Club, Jack Music Bar, Risológico e muito mais.

E pra quem não sabe "AS EXTRAORDINÁRIAS" é um grupo formado por 4 lindas mulheres que nos proporcionam o que tem de melhor no cenário do Stand-up atualmente.

Abaixo temos a agenda das suas próximas apresentações, mas você também pode saber mais a respeito delas acessando o www.asextraordinarias.com.br , pode enviar seu email para contato@asextraordinarias.com.br, curtir sua Fan Page do facebook pelo link https://www.facebook.com/pages/As-Extraordin%C3%A1rias/345178875562305?ref=hl e também seguí-las no Twitter @abrunalouise , @crissualinda@juhsualinda@thaissualinda

Agenda!:

11.09 - 21h - Bruna Louise no Los Comodines, com Rodolfo Pereira e Pedro Lemos - Zapata Batel

13.09 - 22h - Jack Music Bar

19.09 - 21h - Thais Flessak no Stand Up Beneficente - Curitiba Comedy Club

20.09 - 21h - Curitiba Comedy Club

29.09 - 21h - Teatro Regina Vogue

30.09 - 19h - Teatro Regina Vogue

05.10 - 20h40 - Juliana Marques no Risológico

06.10 - 18h50 - Bruna Louise no Risológico

07.10 - 17h40 - Cris Mosol no Risológico

07.10 - 18h50 - Thais Flessak no Risológico


Mais Sobre "AS EXTRAORDINÁRIAS":

O grupo de stand up, único do Sul do país formado exclusivamente por mulheres, é formado por duas atrizes (Bruna Louise e Thais Flessak), uma arquiteta (Juliana Marques) e uma designer (Cris Mosol), todas envolvidas com o humor há bastante tempo e colecionadoras de apresentações individuais ao lado de grandes nomes da cena local.

Observadoras, as quatro integrantes notaram que algumas piadas machistas feitas por humoristas do sexo oposto mereciam uma resposta. Por este e tantos outros motivos, mas sem qualquer sentimento feminista, decidiram fazer uma espécie de revanche — de uma maneira muitíssimo bem-humorada — e assim somaram seus talentos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

PRÓXIMAS ESTREIAS - Confira a Programação


Bom dia pessoal, já estão se programando para o feriado? Não? Que tal um pouco de Teatro? Esse fim de semana estreiam em Curitiba 3 peças imperdíveis, que certamente vão fazer você se entreter e divertir muito nesse feriado.

Concerto em Ri Maior


No Teatro Regina Vogue tem a produção da Cia dos Palhaços “CONCERTO EM RI MAIOR” nos dias 8 e 9, 15 e 16 de Setembro, Para maiores informações acesse www.ciadospalhacos.com.br

Sinopse:
O Espetáculo Concerto em Ri Maior é um Concerto Musical no comando de dois palhaços. Wilson Chevchenco que é um Palhaço russo e sério, é o maestro do Concerto. Para ser entendido pela plateia e executar suas obras, conta com a ajuda de Sarrafo, que é seu fiel amigo e tradutor. O Concerto conta ainda com um grande coral, que é a platéia. Os Palhaços convidam todos os espectadores a participarem e influenciarem o andamento do espetáculo.

As obras utilizam vários instrumentos, piano, violão, acordeom, castanholas e harmônica. Espetáculo com música, dança, improvisação, participação da plateia e muita palhaçada!!!!!!

Ficha Técnica
Elenco: Palhaço Wilson - Eliezer Vander Brock e Palhaço Sarrafo - Felipe Ternes de Oliveira 
Sonoplastia: Eliezer Vander Brock
Iluminação: Anry Aider
Realização e produção: Cia dos Palhaços




Kafka - A Vigília

No Espaço Cênico temos a estreia do último espetáculo da Operação Literatura com a peça “KAFKA – A VIGÍLIA”, um espetáculo envolvente e cativante, que nos faz embarcar na historia de um vigilante (representado por 5 atores) cheio de mistérios, incertezas e aflições.
Temorada de 5 a 30 de setembro no Espaço Cênico, para maiores informações acesse http://www.facebook.com/espacocenico.producoesartisticas
"A vigília que lhes mostrarei é cruel, bárbara e desesperançada... Mas, se, se propuserem a buscar nela um retrato do seu tempo, prometo-lhes um relato belo e sincero. É como um sonho. E o que é um sonho? Tudo que possa ser... feio, estranho, imperfeito... Até um pesadelo. Mas um sonho, eu lhes garanto, nunca é uma mentira."

KAFKA - A VIGÍLIA
Adaptação e direção de Edson Bueno
Com Evandro Santiago, Gabriel Manita, Guilherme Fernandes, Robysom Souza e Rudi Mayer

De 05 a 30 de setembro no Espaço Cênico
De quinta a sábado às 20h e domingo às 19h





Circo Negro

E na Cia dos Palhaços teremos a estreia de um espetáculo produzido pela CiaSenhas de Teatro chamado “CIRCO NEGRO”, um espetáculo diferente, em uma concepção moderna que reúne no palco inclusive elementos circenses, a proposta é ótima vale a pena conferir!



Após um percurso desenhado por criações cuja dramaturgia tem a assinatura da diretora artística da companhia Sueli Araujo, a CiaSenhas de Teatro estreia seu novo espetáculo CIRCO NEGRO, desta vez com dramaturgia do argentino Daniel Veronese. Um texto-manifesto que coloca em discussão a própria representação a partir do jogo dos atores. 

A narrativa do trabalho, é conduzida por criaturas/personagens que se alternam entre seres reais e imateriais criando atmosferas cênicas em que a realidade s

e revela estranha, porém reconhecível em sua crueldade. O universo ficcional proposto na encenação se estabelece como impossibilidade, estranhamento e assombro. 

A realização de números circenses, propostos no texto de Veronese, serve como metáfora do jogo de relações de poder e competitividade instaurados sobre tênues movimentos entre verdade e mentira, narrativa e drama, personagem e narrador, seres autônomos e autômatos. 

A citação ao circo está presente em todos os elementos visuais e sonoros criando a paisagem de um tempo-espaço situado entre as imagens do circo mítico - fruto do inconsciente coletivo - em contraste com o lugar do próprio teatro enquanto espaço da representação. O jogo, ao mesmo tempo lúdico e cruel, propõe a discussão poética e política do que é real e do que é representação. 


CIRCO NEGRO
Texto: Daniel Veronese
Tradução: André Carreira
Direção: Sueli Araujo
Assistente de Direção: Anne Celli
Elenco: Ciliane Vendruscolo, Greice Barros, Luiz Bertazzo e Rafel di Lari
Direção de Movimento: Cinthia Kunifas
Sonoplastia: Ary Giordani
Iluminação: Wagner Correa
Figurino: Amábilis de Jesus
Cenário: Paulo Vinícius
Assessoria de Imprensa e gerência de redes sociais: Fernando de Proença
Produção: Marcia Moraes
Realização: CiaSenhas de Teatro

SERVIÇO
CIRCO NEGRO
De 6 de setembro a 30 de setembro de 2012
Quinta a sábado às 20h e domingo às 18h e às 20h
Na Companhia dos Palhaços
Endereço: Rua Amintas de Barros, 307 – Centro - Curitiba
Informações: 41- 3222-0355/ 30775009
www.ciasenhas.art.br


terça-feira, 4 de setembro de 2012

ENTRE DUENDES E FADAS - O que achei. O que achou?

Foto: Ana Chris Fotografia
Foto: Ana Chris Fotografia

O Teatro é Aqui passou por algumas reformulações e vamos “comemorar” seu retorno falando sobre uma das peças infantis mais lindas que eu já vi.

No último domingo tive a alegria de assistir a estreia de “ENTRE DUENDES E FADAS”  .Trata-se da aventura vivida por alguns duendes atrapalhados que em obediência ao seu Rei Zug vivem uma aventura na trama de um plano para roubar a coroa da Princesa Luna na noite de Lua Cheia onde ela completa 110 anos.É uma aventura engraçada, envolvente, que prende a atenção de crianças e adultos, e nos proporciona uma viajem na clareira da floresta onde vivem as Fadas do Arco-Íris e os Duendes do Rei Zug.

Do espetáculo em si eu gostei muito, com elenco afinado, figurino e maquiagem impecáveis, sonoplastia e iluminação funcionando perfeitamente e um belíssimo trabalho de direção feito por Cristovão Oliveira com assistência de Galvani Junior, que deixaram ainda mais lindo esse texto incrível da Kellyn Betânia.

As “Fadas” Stefanie Silveira, Ingrid Bozza, Manoela Moreira, Sonia Oliveira, Daphne Garcez e Michelle Bonde, trouxeram ao palco a leveza, graciosidade e sutileza que suas personagens exigiam  . Eram lindos os comentários das crianças na plateia quando a fada feita por Stefanie Silveira, espiando a conversa dos duendes se escondia pelo cenário. As crianças falavam: “Cuidado, não deixa eles te verem, você precisa ajudar a princesa”. Assim como elas riam quando as fada feita por Michelle Bond falava o quanto gostava de tudo e Daphne Garcez em sua personagem a repreendia. A princesa Luna feita por Manoela Moreira e sua mãe interpretada por  Sonia Oliveira traziam a ansiedade pela coroação e passagem do trono do reino das fadas de maneira inda, assim como a Ingrid Bozza trouxe ao palco uma interpretação linda com suas duas fadas, ela própria e uma fantoche, que ganhou vida de maneira muito linda.

Os duendes  interpretados por Pedro Henrique do Nascimento e Kellyn Bethânia já interagiam com o publico na entrada do teatro, e tiveram sua saga desenvolvida durante o espetáculo de maneira muito divertida e fazendo todos rirem muito. Lucas Buzato e Carol Martins também arrancaram risos da plateia com seus duendes atrapalhados que serviam o Rei Zug, interpretado por Luciano Strapassom com muita verdade. O duende mensageiro, e o mais engraçado de todos na minha opinião foi feito por Aline Bonde, por diversas vezes colheu sonoras risadas das crianças e adultos que lá estavam, especialmente com as caras que ela fazia quando insatisfeita tinha que se infiltrar na festa das fadas para concluir o plano do Rei Zug.

A peça é incrível, muito bem produzida, a ainda melhor executada por um elenco fantástico . Fica em cartaz todos os domingos de setembro as 11:00 e nos domingos de outubro as 15:00h no Teatro Lala.

Para mais informações acesse www.teatrolala.com.br

Sinopse:
Numa clareira, no meio da floresta, vivem as fadas do Arco-Íris e os duendes do Rei Zug. Nesta Lua Cheia haverá uma grande festa de aniversário para a Princesa Luna, mas o Rei Zug tem planos para roubar a coroa real. Será que as fadinhas conseguirão evitar que o Rei Zug estrague as comemorações? E Zug conseguirá sua tão sonhada coroa?
Entre Duendes e Fadas vamos descobrir que para ser rei é necessário mais do que uma coroa e que a amizade e o amor são os mais nobres dos sentimentos!


Ficha técnica:
Texto: Kellyn Bethania
Direção: Cristóvão de Oliveira
Assistência de Direção: Galvani Júnior
Elenco: Aline Bonde, Carol Martins, Daphne Garcez, Ingrid Bozza, Kellyn Bethania, Lucas Buzato, Luciano Strapasson, Manoela Moreira, Michelle Bonde, Pedro Henrique, Sonia Oliveira e Stefanie Silveira
Direção Musical: Mel Maia
Composições: Mel Maia (tema das Fadas) e Luciano Strapasson (tema dos Duendes)
Coreografia: Cristóvão de Oliveira, Lucas Buzato e Stefanie Silveira
Cenário: João Luiz Fiani
Cenotécnico: Leopoldo Baldessar
Contrarregagem: Genésio Sutil, Mike Schinda e Elton John Amaro
Iluminação: Renato Jachinoski
Operação de Luz: Mayara Bonde
Sonoplastia: Kellyn Bethania
Operação de Som: Cristóvão de Oliveira e/ou Galvani Júnior
Maquiagem e Figurino: Cristóvão de Oliveira
Adereço: Marcelo Salles
Confecção de figurinos e adereços: Máscaras e Fantasias
Direção de Produção: Thamis Barreto
Assistente de Produção: Daniela Costa
Realização: Cia Máscaras

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

PERDÃO... O que achei. O que achou?

Aline Bonde

O teatro tem o dom de nos transportar para um mundo completamente distante e distinto, através de uma tecnologia que nos permite maior interação até mesmo que o 3D, por isso e por uma série de outros motivos é que amo tanto o palco. Esse ano, por exemplo, tive o privilégio de ter assistido 54 peças teatrais em Curitiba (fora aquelas que assisti mais de uma vez, e não foram poucos), mas a peça que assisti nesse ultimo dia 4 de agosto além de ter sido de longe a melhor peça apresentada pelo NPT (núcleo de profissionalização teatral) do Teatro Lala, foi uma aula intensiva de expressionismo, direção, comprometimento e principalmente, de interpretação.

A turma AVA1, sob direção de Jader Alves nos proporcionou um mergulho no universo de Nelson Rodrigues com a peça “PERDÃO...” uma adaptação da obra “PERDOA-ME POR ME TRAÍRES” do gênio Nelson Rodrigues. A história da menina Glorinha que foi criada pelo seu tio Raul com muito rigor, tendo em vista que aos 2 anos de idade sua mãe suicidou-se tomando veneno, e em seguida seu pai enlouqueceu. Quando ela chega aos 16 anos seu tio Raul lhe faz algumas revelações sobre esse fato, e sobre isso discorre a estória que foi interpretada brilhantemente pelo elenco.

Cássia Carolina que interpretou Glorinha, nos encantou com uma atuação de alto nível, obedecendo fielmente as mascações e com muita precisão nos movimentos , tal como pede a interpretação expressionista, ela foi simplesmente impecável em seu trabalho, mostrando muita presença de palco, domínio do personagem e muita entrega ao trabalho, de fato encheu os olhos.

Gustavo Tavares enquanto Tio Raul executou com muita segurança e verdade seu personagem mostrando que ele era sombrio, ordinário, sádico e um criminoso. Nos deu a impressão de que o personagem exigiu muito do ator, que conseguiu executá-lo de maneira exemplar e obedecendo fielmente a proposta da direção.

Juliana Partyka foi quem interpretou a Madame Luba, uma pessoa misteriosa e um ser soberano, forte e cheia de malícia, que só foi fielmente reconhecida com essas características por ter sido interpretada por alguém que entendeu a proposta do personagem e o executou de maneira magnífica, com uma presença de palco e segurança incrível na atuação.

Débora Welker enquanto Nair, nos deu um show de expressionismo, com marcações precisas, olhar forte, uma firmeza e segurança incríveis no falar ela nos proporcionou sensações de espanto, tensão e uma vontade intensa de não piscar os olhos nem por um segundo. E como é bom acompanhar o trabalho de um ator e vê-lo em peças completamente diferentes umas das outras, fazendo um trabalho tão distinto e bem executado, isso se aplica a Débora pois, foi o que aconteceu em ”2012 – a comédia do fim do mundo”, “Eu quero sexo – será que vai rolar?” e agora na peça “Perdão...”, ela teve papeis completamente diferentes um do outro e foi exemplar em todos eles.

Francisco Francez, Gil Moura e Esmeralda Lunelli enquanto Pola Negri, Dr Jubileu e a Enfermeira completaram o elenco principal dessa obra incrível, impecáveis em suas apresentações eles abrilhantaram ainda mais o espetáculo nos deixando atônitos pela capacidade de execução e envolvimento de todo o elenco de maneira uniforme.

O espetáculo contou também com um elenco de apoio que foi simplesmente perfeito, contou com atores ótimos que fizeram um trabalho primoroso e mostraram que, um trabalho que conta com o envolvimento uniforme de todo o elenco só pode ter um resultado, o melhor e mais incrível resultado, tal como foi essa peça. Lari Martins, Manoela Riges, Alan Christian, Getúlio Czaplinski, Leonardo Castilhos e Lincon Eduardo foram os integrantes desse que nem da pra chamar de elenco de apoio pois, foram parte fundamental do espetáculo, e contribuíram para abrilhantá-lo ainda mais.

Das peças que assisti esse ano essa sem dúvida foi uma das mais elogiadas nas redes sociais e por aqueles que assistiram, eu espero sinceramente que ela volte a ser exibida nos palcos de Curitiba, e tão logo isso aconteça eu trarei aqui informações sobre dias de apresentação, horários e valor de ingresso.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

DONA BARATINHA DA SILVA SÓ - O Que achei. O que achou?


“DONA BARATINHA DA SILVA SÓ” é um espetáculo infantil que assisti pela primeira vez faz algum tempo com outro elenco, mas que proporcionou o mesmo encanto quanto agora, embora hoje vejamos o espetáculo mais maduro e evoluído.

Com texto e Direção de Rogério Bozza, esse espetáculo estreou em 2004 e até hoje está em cartaz nos palcos de Curitiba, e sempre proporciona momentos de uma descontração encantadora a quem vai assistir. A história da baratinha rica que procura na floresta um pretendente para se casar, passa por algumas aventuras até, é praticamente extorquida pelo Sr Gatão dono do cartório e que lhe dá o nome de “DONA BARATINHA DA SILVA SÓ”. A história é cheia de bom humor, tem uma história envolvente. A produção também é muito boa em todos os sentidos, figurino e caracterização muito bem feitos, luz, som e coreografias muito bem produzidas e bem executadas, a história realmente é muito linda e gostosa de assistir.

Mayara Bonde, Daniela Costa, Leonardo Castilhos, Lucas Cardoso, Lari Martins, Andie Santos, Andre Opolz, Alex Dupzak e Fernanda Bahl na composição do elenco dessa temporada deixaram o espetáculo ainda mais lindo, eu assisti dessa vez a ultima apresentação que aconteceu no domingo dia 29/07 no Teatro Fernanda Montenegro, a apresentação foi brilhante, as interpretações foram cheias de verdade e entrega por parte de todos do elenco, indistintamente, o que só enriqueceu ainda mais essa obra que, está em cartaz desde 2004 não por acaso.

“DONA BARATINHA DA SILVA SÓ” certamente voltará aos palcos em breve, tão logo isso aconteça eu estarei divulgando datas, local de apresentação, horários e demais informações.
Foto: Ana Chris | Fotografia

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

MEU PAI E MINHAS MÃES ! - O que achei. O que achou?


Dando sequência a série de espetáculos que o NPT (núcleo de Profissionalização Teatral) do Teatro Lala tem apresentado, hoje falo do espetáculo que aconteceu nos dias 28 e 29 de Julho, “MEU PAI E MINHAS MÃES!”. Um trabalho elaborado com muita criatividade ao mesmo tempo em que conta com doses generosas de bom humor e criticidade, especialmente no que diz respeito à quebra de paradigmas dos modelos mais tradicionais que as famílias têm de conceber um lar, poucas vezes vinculadas ao fato de serem plenamente felizes.

A historia que narra o fato de duas famílias, uma tradicionalíssima e outra nada convencional, terem que se conhecer para realização do noivado e casamentos de seus filhos. O patriarca de uma das famílias é um político de condita questionável e que atendendo a um pedido da filha para conhecer a família de seu futuro noivo, aproveita-se da situação para fugir da imprensa que está a sua procura para esclarecer um escândalo.

Na família do noivo, os pais são divorciados, onde o pai acaba se relacionando com um tranformista que é dona de uma casa de shows, e sua mãe acaba por relacionar-se com a auxiliar de serviços gerais da casa. E entrando nesse ponto da estória é que quero dar o destaque do elenco

Alan Cristhian desde o primeiro momento em que apareceu no palco já arrancou gargalhadas da plateia, interpretando a “madrasta nada convencional” do menino que queria casar-se com a filha do político, passou a peça inteira em trajes femininos, calçando um sapato de salto alto (bem alto) e o fez com muito talento e categoria. A grande prova disso foi quando, no momento dos agradecimentos pelo fim da peça, o momento em que Alan veio ao palco a reação da plateia foi de um reconhecimento fervoroso, e de fato, para um ator, não há o que seja mais gratificante que isso, fiquei feliz demais em ver tal manifestação do público, que de fato foi merecidíssima.
O elenco como um todo fez dessa peça algo divertido e gostoso de se ver. Sob direção do sempre surpreendente Marcyo Luz “MEU PAI E MINHAS MÃES!” foi uma comédia divertidíssima.

Sinopse:
Uma família tradicional tem que conhecer uma outra família nada tradicional, por conta do casamento de seus filhos. Uma comédia deliciosa e atemporal revela através de muito bom humor valores que o ser humano está perdendo a cada dia que passa.

Texto e Direção : Marcyo Luz

Elenco:
Alan Cristhian / Andressa dos Santos / Bruna Aquino /Danutha Ingriyh / Eder Aquino / Eliseu Eloi / Fernando Rigoni / Flavia Gonçalves / Gislene Cardoso / Jessica de Souza / Jorge Augusto / Katiele Cardoso / Lincon Silva / Luna Beatriz / Raiza Luara / Silvana Gomes / Daiana Aggio

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A SENSACIONAL HISTÓRIA DE ZÉ DO BURRO - O que achei. O que achou?


Dando sequência na série de espetáculos que vem acontecendo no Teatro Lala realizadas pelo NPT (núcleo de profissionalização teatral) agora falo da peça “A SENSACIONAL HISTÓRIA DE ZÉ DO BURRO”. A turma BAS 4 sob direção de Adriana Sottomaior  trouxe ao palco nos dias 22 e 23 de julho a história adaptada na Obra de Dias Gomes “ O pagador de promessas” trazendo o drama de Zé do burro, um cristão, devoto de sua santa, homem puro, humilde e que é impedido de cumprir uma promessa feita a sua santa.

A trama traz uma critica categoricamente contundente aos sensacionalismos e exageros cometidos pela nossa sociedade como um todo. A imprensa que, mesmo exercendo um papel fundamental de transmissão de informação, por vezes comete exageros e deixa de ser o agente de informação para atender meros interesses oriundos de um capitalismo exacerbado. A própria população que, baseada em curiosidades alheias, deixa de restar atenção em seus próprios problemas e enfatiza um drama qualquer, tornando-o alvo de todos os comentários e preocupações, simplesmente deixando de lado assuntos de maior importância e relevância.

A história é riquíssima em função desses pontos abordados que geram reflexão, sem contar que o drama em si conta com personagens tão puros e inocentes que, por vezes chega a beirar o cômico. Em muitos momentos a plateia riu durante o espetáculo, não por se tratar de algo realmente engraçado, no meu ponto de vista isso aconteceu principalmente por causa da inocência e ingenuidade que Zé do Burro e sua esposa Rosa tinham (Bruno Rodrigues e Lari Martins). Não PE uma missão necessariamente fácil encontrar pessoas puras e livres de malícias hoje em dia, por isso se tornou engraçado.

Quanto aos destaques do elenco, Bruno Rodrigues e Lari Martins, trouxeram os protagonistas da história com tanta delicadeza e verdade que conseguiram  fazer a plateia torcer durante toda a peça para que a promessa de Zé realmente fosse cumprida.
Leo Castilhos interpretando o padre, conseguiu nos fazer crer que estávamos diante de um padre já idoso que, do avançar dos anos, tornou-se um tanto intransigente e metódico, executado com muita fluidez e categoria.

Wellington Araujo interpretando o Bonitão também foi um dos que arrancou suspiros da plateia, no papel de um conquistador bom de bico, passa boa parte da peça tentando conquistar Rosa (esposa de Zé do Burro) querendo se aproveitar da mesma por estar fragilizada pelo cansaço e irritada com a dificuldade de seu marido em cumprir a promessa e voltarem pra casa.

De forma geral todo o elenco está de parabéns, foi uma peça muito gostosa de assistir.

Sinopse: Zé do Burro é um dos grandes personagens de Dias Gomes. O pagador de promessas, cristão, humilde e de bom coração é impedido de cumprir seu trato com a santa. Intolerância, jogo de interesses, egoísmo, falta de compaixão, sensacionalismo por parte da mídia, são alguns enfoques da trama. A adaptação da obra feita com intenção de valorizar e de fazer entender o drama em seus pormenores revelando não só o conflito em torno de Zé do burro, mas também de outros personagens, típicos cidadãos, com seus próprios problemas, atitudes ou falta de, que são peças fundamentais dentro da sociedade, mas que mal tem consciência disto Alguns falam, lutam, questionam, mas acabam enfraquecidos, porque a união depende da maioria, mas a maioria sem enxergar, são meros peões comandados estrategicamente para obedecer e se conformar.

Elenco: Bruno Rodrigues / Lari Martins / Bruna Berti /  Mariana Ortiz / Viviane Raizer / Manu Riges / Vanessa Garcia / Kaio Schimanski / Heluiza Ramin / Caroline Orso / Luma Birk / Jheymis Ventura / Getúlio Czaplinski / Sabrina Rodrigues / Leo Castilhos / Wesley Marllus / Ana Paula Desplanches / Wellington Araujo / Catarina Mattos

Direção: Adriana Sottomaior
Assistência de Direção: Michelle Bonde

domingo, 29 de julho de 2012

ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES - "O Evangelho Segundo São Mateus" e "Dona Baratinha da Silva Só"

  


Boa tarde pessoal, para aqueles que estão em casa sem ter muito o que fazer para aproveitar o domingo, aí vão duas dicas do que estará acontecendo agora atarde nos palcos de Curitiba em suas últimas apresentações.

O espetáculo Infantil "DONA BARATINHA DA SILVA SÓ" está em cartaz agora as 16:00h no Teatro Fernanda Montenegro, para maiores informações sobre valores dos ingressos só acessar http://www.shoppingnovobatel.com.br/teatro_fernanda.html ou ligar no número 41- 3222-4484.

No Espaço Cênico estará em cartaz o lindo espetáculo chamado "O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS" as 19:00h, para maiores informações sobre valores de ingresso no telefone 41-3338-0450.

Eu vou assistir as duas, nos vemos por lá!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS - O que achei. O que achou?


A Operação Literatura está cada dia melhor. Já falamos aqui a respeito da peça “MINHA VONTADE DE SER BICHO”  de Edson Buenos inspirado na obra de Clarice Lispector, que realmente foi maravilhosa.

Mas nesse último fim de semana tive o privilégio de assistir “O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS”  inspirado no próprio evangelho e na obra ‘O guardador de Rebanhos” de Fernando Pessoa com texto e direção também de Edson Bueno.

Me sinto muito a vontade em falar sobre um espetáculo que, já rodou o país fazendo apresentações em inúmeros palcos e cidades diferentes e, depois de alguns anos em cartaz, volta ao palco do Espaço Cênico dentro da Operação Literatura ainda mais maduro, mas natural, e muito mais bonito de se ver.

A peça já começa de maneira inusitada, pois ao esperar o seu início, do lado de fora do teatro, nos deparamos com os atores do elenco conversando com o público que ali está aguardando o inicio do trabalho, quando de repente eles nos chamam para nos acomodarmos nas cadeiras, começam a conversar com a plateia que ali está e, simplesmente iniciam a peça durante essa conversa.

A peça toda se desenvolve nessa linha, parecendo que estamos em uma conversa entre amigos com os que estão ali no palco, de maneira fluida, suave, altamente interativa e muito sensitiva. Todos os nossos sentidos são estimulados na peça, além de visão e audição, também usamos olfato, tato e paladar durante todo o espetáculo, em um trabalho diferente, criativo e executado de maneira brilhante.

Guilherme Fernandes, Gustavo Saulle, Reginas Bastos, Janja e Tiago Luz mostraram no palco que, além de grandes atores,  eles têm uma capacidade de concentração e domínio do conteúdo do espetáculo impressionante. Quando disse que a peça parecia uma conversa, de fato foi, uma conversa entre amigos, suave, descontraída, daquelas conversas que a gente não quer que acabe, e isso era bem evidente nas reações da plateia quando anunciado o fim do espetáculo.

Vale a pena conferir, voltando a estar em cartaz anunciaremos aqui com todo prazer.

Foto: Chico Nogueira

Serviço:


O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS
Adaptação do próprio Evangelho e de “O Guardador de Rebanhos”, de Fernando Pessoa, por Edson Bueno   
Direção de Edson Bueno

Sinopse:

Cinco atores que se dizem “padeiros”,ocupam uma cozinha e enquanto fazem o pão, desde a preparação do fermento, o crescimento e o ato de assar, conversam sobre o “Evangelho de São Mateus”. Ao mesmo tempo, dois deles, interpretam a mãe e o filho, extraídos poeticamente do “Oitavo Poema do Guardador de Rebanhos”, de Fernando Pessoa, onde o filho conta para sua mãe que tem um amigo fugido do céu, como o Jesus de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa) que lhe conta uma nova possibilidade para uma história tão antiga, que perpétua, como a de Jesus Cristo. À medida que o pão vai sendo feito, a história é contada, não pela ação, mas pela palavra e pela reflexão sobre ela, desde a anunciação até a ressurreição, seguindo o formato poético e filosófico de São Mateus. Conexões com outras leituras da mesma história são feitas como as do filme de Píer Paolo Pasolini, a filosofia de Friedrich Nietzsche, a visão humanista de Clarice Lispector. A criatura humana é coloca num primeiro plano enquanto rituais milenares como o de fazer o pão, comer e beber o vinho são celebrados. O público, através da visão dos “padeiros” é convidado a perceber outros aspectos dessa mesma história e ao final é convidado a subir ao palco para, com os atores, montar a ceia da páscoa, tomar vinho, comer o pão feito e refletir livre e abertamente sobre o que foi dito durante o espetáculo. Algumas passagens como o “Sermão da Montanha”, as “Parábolas” e o próprio poema de “Alberto Caeiro/Fernando Pessoa, são destaques e, longe de criar ilusão, mas buscando a aproximação, os atores revezam-se nos diversos personagens que fazem parte da história que para uns é verdadeira, para outros, mítica e para outros, fé religiosa. Importante é o que se fala, mais do que uma possibilidade de verdade histórica.


Elenco:
Guilherme Fernandes
Regina Bastos
Tiago Luz
Janja
Gustavo Saulle

Cenário de Gelson Amaral
Iluminação de Beto Bruel
Figurinos de Áldice Lopes
Sonoplastia de Marco Novak

quarta-feira, 18 de julho de 2012

MORTOS SEM RUMO - O que achei. O que achou?


No último sábado assisti mais uma peça que faz parte do NPT (Núcleo de Profissionalização Teatral) do Teatro Lala a turma Basico 03 sob direção de Marcyo Luz apresentou “MORTOS SEM RUMO”, com texto do próprio Marcyo Luz inspirado na obra de Érico Veríssimo ‘Incidente em Antares’ trata-se de uma peça com certo clima de tensão, isso porque os mortos da cidade voltam de suas tumbas para um “acerto de contas” com seus afetos e desafetos.

Como já havia citado, é uma experiência muito bacana assistir as peças das turmas iniciantes e depois assistir as turmas que estão um pouco mais adiantadas, é nítida a evolução, e é ainda mais bacana ver o quanto as pessoas que gosta de teatro  aprimorando-se ainda mais na arte de representar.

Isso de fato aconteceu nessa peça, os atores entenderam a proposta do espetáculo e o executaram muito bem, mas eu gostaria de dar um destaque especial para alguns que pra mim foram brilhante.

Jorge Lader interpretando o advogado falecido Cicero Branco foi brilhante em dar ao personagem um ar sarcástico, irônico e ao mesmo tempo, já morto, mostrar que está arrependido pelas irregularidades e falcatruas nas quais era envolvido enquanto vivo.

Rafael Segura enquanto Coronel Vacariano trouxe ao palco um homem autoritário, amargo e falso moralista, e com sua interpretação conseguiu mostrar que seu personagem era uma pessoa que se contradizia entre seus valores e suas atitudes, foi realmente muito bem.

Amanda Pickler foi quem levou ao palco a falecida Quitéria Campo Largo, uma mulher extremamente autoritária, religiosa, guardiã da moral e dos bons costumes, mas que não é capaz de olhar com compaixão e piedade pra ninguém. Sua interpretação foi realmente impressionante, ela conseguiu nos fazer sentir raiva da sua personagem, do quanto ela é impiedosa e amarga. Ela foi brilhante mesmo em sua interpretação.

Guilherme Ivanki era o responsável por, em alguns momentos, quebrar a tensão da peça, seu personagem o Pudim de Cachaça era alguém tão desgraçado da vida que suas aparições na peça eram cômicas, e causaram comoção em quem assistia, todos torciam para que seu final não fosse tão trágico por ele ser tão engraçado e inocente.

E eu não podia deixar de citar o espetáculo que foi a iluminação dessa peça produzida por Jeff Franco, deixou o clima da peça tenso quanto o ambiente de um cemitério anoite enriquecendo ainda mais a interpretação dos atores que a executaram tão bem.

Até o mês de agosto no Teatro Lala haverão apresentações das peças produzidas pelas turmas da escola de teatro, acesse www.teatrolala.com.br ou ligue 41-3232-4499 e confira a programação.